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Polícia do RN realiza megaoperação e prende 37 pessoas
"Operação RN 2". Foi assim intitulada a ação realizada na manhã de ontem pela Polícia Civil do Estado em parceria com a Polícia Militar (PM) apresentou cinco prisões realizadas em Mossoró. Já em todo Estado, até o fim da tarde de ontem, foram apresentadas 37 pessoas detidas. A operação teve como objetivo cumprir vários mandados de prisão e de busca e apreensão de forma "cirúrgica", partindo do trabalho de investigação da polícia. A operação terminou às cinco da tarde de ontem. Entre os presos, existem traficantes, homicidas e foragidos da Justiça, em sua maioria a partir de mandados de prisão.
O delegado geral, Ben-Hur de Medeiros, explicou que a Polícia Civil tem planejado esse tipo de operação, incentivando cada delegado a desenvolver os trabalhos de investigação para a realização dessas ações. Cada um seria responsável pelo levantamento de informações do pedido dos mandados e de organizar seu contingente para a realização da operação em sua área de atuação.
A megaoperação realizada em Mossoró, que foi liderada pelo bacharel Dennys Carvalho, titular da Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), contando com a colaboração dos delegados Luiz Fernando, Antônio Pinto e Cristiane Magalhães, conseguiu reaver mais um fugitivo da Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (Defur), Francisco Fágner Rebouças Tertuliano.
Além de Francisco, foi preso Mágno Kenedy Ferreira, que tinha mandado de prisão expedido por roubo, artigo 157. Na mesma operação a polícia localizou o comerciante Francisco das Chagas Lima, "marrom", 41, que era procurado em Assú pela acusação de tentativa de homicídio contra Luciano Pereira Dantas.
Como o intuito da ação era localizar drogas, a polícia realizou mais alguns "estouros" que acabaram por localizar o comerciante do bairro Santo Antônio com Alexandro da Silva Melo, 25, que segundo a polícia, estava em posse de uma espingarda calibre 12, com seis munições, mais dois celulares e R$ 2.140,00. O acusado afirma que o dinheiro é proveniente de empréstimos que ele realiza. Já a polícia acredita que os valores são extraídos do tráfico de drogas.
A última prisão registrada foi de Francisco Gladstone Oliveira Cardoso, 28, residente na av. Rio Branco, 513, bairro Santo Antônio. Ele foi acusado pela polícia por porte ilegal de arma, quando foi flagrado com um revólver, calibre 38, com três cápsulas de munição.
Para a conclusão da ação foi necessário a união de diversos bacharéis e policiais civis e militares que arriscaram as vidas em busca de reduzir a criminalidade local como também por em prática prisões expedidas pela Justiça. Ações similares passaram a ser deflagradas nas últimas semanas e deverão continuar nos próximos meses por apresentarem saldos considerados extremamente positivos pelos policiais e pela maioria da sociedade.
Esta operação já supera a primeira na quantidade de prisões. A que fora realizada em 12 de julho deteve 31 pessoas no total. Antes do término desta operação, já existiam 37 presos. "Pelos resultados obtidos pelas duas primeiras operações, é certo que ações desse tipo terão continuidade", frisou Ben-Hur de Medeiros.
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Facilidade para adquirir armas assusta população
Nove, vinte e dois, trinta e dois, trinta e oito milímetros. Seja qual for o calibre da arma, até pistolas de uso exclusivo do exército são facilmente encontradas nas ruas de Mossoró. A sensação que as vítimas da mira de uma arma de fogo passa é de pânico, como também de insegurança. Entre os usuários das armas, o objeto é questão de segurança para se proteger dos inimigos. "Comprei essa arma no Vuco-vuco, não sei a quem. Comprei porque tenho inimigos", é um argumento comum obtido nas prisões em flagrante.
A realidade mostra que não é necessário ir ao Vuco-vuco para adquirir armamento. O comércio negro de munições e vasta variação de armas é encontrada em todas as áreas da sociedade. Em conversa com um rapaz de 19 anos, que pediu para não ser identificado, preso já três vezes por porte ilegal de armas, foi dito que "é mais fácil comprar uma arma em Mossoró que uma moto". Diante o comentário e o número de motos circulando fica o questionamento: Será que a coisa está tão espalhada?
O dia-a-dia mostra que isso é provável. Todas as semanas a Polícia Militar da cidade prende uma série de pessoas por porte ilegal de armas. Muitas vezes o acusado possui muitas outras acusações, sendo que a nossa Justiça somente aceita o suspeito como culpado quando se possui materialidade que comprove a participação no crime, o que muitas vezes não é possível.
Ao falar em arma de fogo, a primeira coisa que surge à nossa mente é a morte. E aqui os usuário de armas são bastante atuantes. O número de mortes por arma de fogo no mês de julho deste ano e em 2006 lideram o ranking de homicídios no Oeste do Estado. Para a polícia esse é um caso sério que precisa de tempo e mais profissionais nas ruas para conseguir combater de forma mais eficiente àqueles que cismam em andar às margens da sociedade.
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